Uma princesa, desde pequena, recebeu de seu pai muitos presentes.
Com muita alegria fazia uso dos seus dons, pois todos eram de excelente qualidade.
Um belo vestido, sandálias firmes e confortáveis, perfumes.
Sabia cuidar muito bem de seus cabelos, de modo que chamavam bastante atenção.
Tinha também um pingente de ouro com um sinal, o nome que seu pai lhe deu.
Cresceu, viveu, lutou e venceu muitas vezes, a corajosa princesa.
Algumas qualidades não recebeu, pois ainda não estava pronta.
No auge de sua história, o pai desejava coroá-la com pureza.
Em um mundo tão vil, a pureza não pode ser entregue a uma criança. Irão tomá-la, destruí-la.
Será entregue a quem estiver disposto a conquistá-la e mantê-la à salvo.
A princesa, então, estava pronta para dar seu passo de coragem.
Confiar em seu pai e devolver a ele a mais preciosa de suas heranças, o seu próprio nome.
A princesa percebeu que seu próprio nome era menos relevante do que o propósito do pai.
Que por amor à verdade e à justiça o seu pingente de ouro deveria ser lançado ao fogo.
Derretido e purificado, aquele ouro passaria a formar algo muito mais precioso, uma aliança.
O anel que sela a autoridade do pai nas ações de seus filhos. O poder de crer e conquistar.
Este poder é dado aos que amam a verdade. Os que entregam tudo e têm Shalom.
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Do lado de fora ficarão os cães e as feiticeiras.
Carregam ocultas as suas chagas de modo que jamais terão a cura.
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Libertação e santificação alcançam a quem ama a verdade e a justiça.
Não existe meio termo.