O ônibus parte – e eu procuro entender a mim mesmo:
Uma vida, dois viveiros, quatro vivências.
Vitalidade que escorre em degraus
e se acumula e se finda
em pequenos recipientes,
subsequentes,
lagoas.
Qual será, quando, o sumidouro
onde todas as águas convergem e cessam
de burburinhar, sem bolhas, sem ciscos
onde a água une-se à terra, cala-se?
Já não serão mais águas, de fontes e caminhos
mas tão somente a água, um sólido, eterno,
massa engessa, cristal, oculta
onde as vidas somem
transcendem
na rocha.