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Aos poucos deixarei aqui algumas impressões. Talvez o meu mundo seja parecido com o seu. Nele, uma grande luz brilha, cada dia mais intensa. O "Sol da Justiça", tão fácil de explicar, tão difícil de entender. Não sejam as minhas palavras, mas uma brisa que alivie o estado ruim de nossas almas.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

       VI. Preâmbulo ao livro do Êxodo (Shemot).

     Vamos conhecer o processo de formação da nação de Israel, sua saída do Egito, sua peregrinação na península arábica e a conquista da região hoje conhecida por Palestina. Antes, precisamos definir nossa abordagem. Temos que escolher uma postura na aproximação aos nossos semelhantes. Vamos enaltecer a uns e condenar a outros? Qual a justa medida entre o unir e o separar?
Esse é o momento para lermos na íntegra a carta escrita por Tiago. No terceiro capítulo, versículo 13: “(…) Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz.
      Sem parcialidade e sem hipocrisia. Mas existe investigação isenta? Desde de o princípio da nossa história existem os “vilões”. Caim matou Abel e assim por diante. A força por trás dessa inclinação é uma entidade, o inimigo de nossas almas, em hebraico “ha satan”. Ele é o tentador e seu operar limita-se ao permitido por Deus.
     O pecado original refere-se à altivez humana, a “árvore do conhecimento do bem e do mal, desejável para dar entendimento” (Gn.3). Condição primeira, todos estão condenados, todos morrem. Todos retornarão à consciência a fim de serem julgados. Satanás, seus anjos, os ímpios e todos os que não buscaram o perdão em Cristo serão lançados no lago de fogo e enxofre, que é a segunda morte (Apocalipse 20). Não julgueis para que não sejais julgados”. Religiosos procuram justificar seu ódio explicando como Deus age – um deus feito à imagem da tolice humana.
     Crer na perfeição de Deus envolve buscar a melhor resposta para diversas perguntas. De alguma forma eu existo. Contemplo a existência de outros tantos. A existência é a manifestação de uma energia inteligente. Insuficiente ou falha, resulta que nada poderia existir. Ou existe eternamente ou nunca existiu. Assim, a causa primeira é inesgotável, perfeita. Em seu universo, Deus é o único referencial válido.
     Muitos crentes acham necessário defender a Deus contra a acusação de tirania. Eu digo que Ele é Soberano. Pessoas que não creem, têm o direito de tentar construir um paraíso imediatista, e Deus não os impede. Têm o direito de odiar a Cristo, e Deus não os impede. Exploram o pobre, destroem tudo, vivem do jeito que lhes aprouver. Vejo utilidade nisso, somos aperfeiçoados. Antes de nós, Cristo também passou por isso. Então Deus não é mau. Da maneira como prouver ao Criador, as criaturas permanecerão ativas em seu pensamento enquanto isso for justo. O processo se encerra com a segunda morte daquilo que não possuir mais utilidade.
     Parece-me errado dizer que a humanidade fracassou. A humanidade venceu todas as vezes em que se deixou guiar por Deus. Uma multidão de vitoriosos! Foram injustiçados e mortos por pessoas invejosas. Essa é a condição humana; fomos criados e colocados numa terra onde já habitava Satanás e os anjos que ele, sendo elevado em capacidade, seduziu. Prometeu-lhes um reino paralelo, onde seriam adorados. Deus pôs no Jardim do Éden uma família, sabendo que seria atacada e que, sendo à Sua imagem e semelhança, venceria o diabo. Pela obediência, venceria a desobediência. Pela humildade, venceria a soberba. E nosso Mestre, homem obediente, é a prova do amor de Deus e de seu incomparável poder.
     Neste contexto, tanto os que receberam a incumbência de guardar e ensinar a Lei de Moisés, quanto os demais povos, consomem-se em poucas décadas e levam daqui apenas suas histórias, registradas na mente de Deus. Se algo existe na mente de Deus, então de fato existe. O mais é transitório. Bendito seja quem nos criou e sustenta visto que nos fez crer na eternidade. Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo” (Salmo 82), independente da etnia, do contexto. Uma porção insistirá indefinidamente no erro? Para mim é um mistério. De qualquer forma, estejamos cientes de que nossos atos geram consequências com as quais seremos confrontados. Melhor é buscar a luz e fugir da aparência do mal.
     Precisei pontuar tão complexa questão visto que, matando e morrendo, de alguma forma, cumpriu-se o desígno. Povos muito maus foram exterminados. Povos que poderiam reinar em paz, por ganância, escolheram a guerra. Do ponto de vista histórico, bons e maus andaram juntos, como irmãos, e ainda hoje morrem juntos. A única vitória está na entrega de si, raiz da palavra amor.

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